Pouco extensas mas pertinentes.

sábado, 18 de abril de 2009

Durão Barroso não tem o apoio do PCP.



Garantia de Jerónimo de Sousa

Durão Barroso não terá o voto do PCP, “mesmo do ponto de vista patriótico”.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje, em Viseu, que Durão Barroso não terá o voto dos comunistas para um novo mandato à frente da Comissão Europeia, “nem do ponto de vista patriótico”.“Temos uma visão diferente de Europa do Durão Barroso”, sustentou. À margem da VIII Assembleia da Organização Regional de Viseu do PCP, que decorreu durante a tarde de hoje, no Solar dos Peixotos, o líder comunista disse aos jornalistas que defende “uma Europa que colida com os interesses dos poderosos, com o directório das grandes potências”.
“Uma Europa que colida com esta Europa neoliberal e federalista que o senhor Barroso defende e como José Sócrates defendeu durante o seu mandato, embora agora tenha feito, de certa forma, uma deriva social-democrata”, acrescentou.“Mesmo do ponto de vista patriótico, Durão Barroso não terá o nosso voto”, frisou. Jerónimo de Sousa referiu ainda que “na defesa dos interesses nacionais por uma outra Europa dos trabalhadores e dos pobres”, os comunistas estão “a milhas de Durão Barroso”.Aviso de Cavaco é “tardio”Na sua passagem por Viseu, Jerónimo de Sousa considerou ainda “tardio” o aviso deixado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, acerca do estado da Nação.
“O alerta do Presidente da República, embora tardio, tem um significado que vai ao encontro da realidade que vivemos e do que dissemos durante muito tempo e que foi sempre negado pelo governo do PS”, alegou.
“Hoje é o próprio Presidente da República a reconhecer que existe uma clivagem na sociedade portuguesa, que são os mesmos a pagar os sacrifícios, atingindo camadas médias da nossa sociedade para além dos mesmos do costume, enquanto os poderosos continuam intocáveis a não dar um cêntimo de contribuição para o desenvolvimento do país”, concluiu.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Não dão pontos sem "nós"!




Cuidem-se os seguidistas e os "distraídos"!


Em castelhano tudo seria mais claro porque teriam que dizer nosotros...

Agora em português, que dizem que é muito traiçoeiro, o caso é mais bicudo!


Com a verdade nos enganam e quem fala verdade, pelo menos avisa-nos!


Joseph

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O "eterno veneno"!


O Obama é do Soares

«Um mundo em mudança» é o título de um livro no qual Mário Soares reincide na publicação de alguns dos artigos que tem vindo a dar à luz em vários jornais – um livro sobre o qual deu caudalosa e garrida entrevista ao Semanário Económico e para cuja capa chamou Obama, mais o seu sorriso, a par do foto também sorridente do autor reincidente.A «mudança», obviamente, é Obama e a «nova era» por este iniciada: «nova era» que, assim espera e confia Soares, virá salvar o capitalismo da mais grave e profunda de todas as suas crises. «Salvar», não, corrige o entrevistado: «o capitalismo não tem que ser salvo», porque, se é verdade que «o capitalismo de casino está morto, o capitalismo em geral não está», graças a Deus.Assim sendo, o capitalismo tem é que «ser corrigido com princípios éticos», após o que ficará como novo e pronto para as curvas, ou seja, pronto para explorar eticamente – que é a forma democrática de explorar. Sobretudo, adverte, e essa é, para ele, a questão essencial, não venham para cá com ideias de «voltar ao comunismo puro e duro»: o comunismo morreu, implodiu: «voltar às ideias de Marx», sim senhor, «mas não lido pela cartilha leninista, estalinista ou maoista» - porque, explica Soares, «Marx e Engels eram socialistas» e, por isso, «estamos a voltar a algumas das suas ideias, sobretudo quanto à análise que fizeram do capitalismo». Análise que, de acordo com a peculiar leitura que dela faz o marxista Soares, conduz à exigência de que «o capitalismo seja corrigido»…Por tudo isto, é em Obama – outro marxista - que ele, Soares, deposita todas as suas esperanças de correcção ética do capitalismo.E tão longe leva a sua fé em Obama que o trata como se fosse seu - seu e de mais ninguém. Daí a irritação que lhe causam os elogios despejados por Durão Barroso sobre o Presidente dos EUA - esse Barroso da Cimeira da Vergonha, que foi só elogios e sorrisos para o Bush, não tem legitimidade para vir, agora, elogiar e sorrir para Obama.Legitimidade tem, isso sim, Soares, que sempre criticou o Bush e sempre elogiou quem o merecia: agora, Obama e, antes, Clinton, por exemplo. Para não falar do Carlucci...

De José Casanova em: "O Avante"

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A NATO inimiga dos povos.

Na NATO...não há rapazes maus...

E...se os há, ninguem sabia....

Passados dez anos dos bombardeamentos na ex-Jugoslávia, descobrem-se os crimes à luz do dia!

Joseph

quinta-feira, 2 de abril de 2009

ELAS-As mulheres trabalhadoras como é óbvio!

Elas fizeram greves de braços caídos!
Elas brigaram em casa,
para ir ao Sindicato e à Junta.
Elas gritaram à vizinha que era fascista...
Elas souberam dizer,
salário igual e creches e cantinas.
Elas vieram para a rua de encarnado,
Elas foram pedir para ali,
uma estrada e canos de água.
Elas gritaram muito!
Elas encheram as ruas de cravos!
Elas disseram à mãe e à sogra que
isso era dantes.
Elas trouxeram alento e sopa
aos quartéis e à rua.
Elas foram para as portas de armas
com os filhos ao colo.
Elas ouviram falar de uma grande mudança
que ia entrar pelas casas.
Elas choraram no cais,
agarradas aos filhos que vinham da guerra.
Elas choraram,
de ver o pai a guerrear com o filho.
Elas tiveram medo e foram e não foram.
Elas aprenderam a mexer nos livros de contas
e nas alfaias das herdades abandonadas
Elas dobraram em quatro um papel
que levava dentro uma cruzinha laboriosa.
Elas sentaram-se a falar à roda de uma mesa
a ver como podia ser sem os patrões.
Elas levantaram um braço
nas grandes assembleias.
Elas costuraram bandeiras e bordaram
a fio amarelo pequenas foices e martelos.
Elas disseram à mãe:
segure-me aqui os cachopos, senhora,
que a gente vai de camioneta a Lisboa
dizer-lhes como é...
Elas vieram dos arrabaldes
com o fogão à cabeça
ocupar uma parte de casa fechada.
Elas estenderam roupa a cantar
com as armas que temos na mão.
Elas diziam tu às pessoas com estudos
e aos outros homens.
Elas iam e não sabiam para onde, mas iam.
Elas acendem o lume.
Elas cortam o pão e aquecem o café esfriado.
São elas que acordam pela manhã as bestas,
os homens e as crianças adormecidas!


Maria Velho da Costa