Pouco extensas mas pertinentes.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

«O BEZERRO DE OURO»

«Bezerro de ouro» - sacerdotes e lacaios


Na história abundam «deuses», de criação humana, feitos à imagem dos preconceitos e desígnios de uma realidade e temporalidade concreta, e cujo saldo de percurso na super-estrutura social e nas misérias do mundo é hediondo.
É o caso do episódio bíblico do «bezerro de ouro», recém recuperado por José Saramago no romance Caim, que mostra como a adoração dum totem, obviamente falso, a que se sacrificam os princípios, na esperança de todas as riquezas do mundo, termina no morticínio sangrento de milhares de inocentes.
É o caso do «bezerro de ouro» desta fase de domínio imperialista do mundo, o deus «mercado» - dito omnipresente, omnisciente e omnipotente -, ou seja, o capital financeiro multinacional «globalizado» a quem se imolam as economias mais débeis, como a nossa.
O resultado é a destruição da produção, das pequenas empresas e do mercado interno, o roubo do património do país, dos salários, direitos e prestações sociais, o desemprego, o assalto aos serviços públicos e funções sociais do Estado, a imolação dos dinheiros públicos – cujo défice é pretexto da rapina - e da soberania nacional.
À média de duas vezes por semana, o deus «mercado» ameaça e chantageia com terríveis catástrofes e é «aplacado» com novos sacrifícios, sempre dos mais fracos. E lá estão os seus sumo-sacerdotes e lacaios para garantir o repasto à infindável gula do «mercado», com a promessa de que desta feita o sofrimento terminará.
Os sumo-sacerdotes do «bezerro de ouro» são figuras como Krugman, Prémio Nobel norte americano, para quem os salários dos países da periferia da UE precisam de cair 30%, relativamente à Alemanha, ou Trichet, Presidente do BCE, que garante não existir qualquer ataque especulativo, mas apenas países prevaricadores das contas públicas que é necessário sancionar, ou um tal Barroso, papagaio de Merkel, que não se engasga ao dar voz à proposta de censura prévia da Comissão Europeia aos orçamentos de (certos) estados-membros.
E os lacaios do «bezerro de ouro» são os Migueis de Vasconcelos, do PS, PSD, e não só, que entregam à morte a independência económica e a soberania nacional, no altar do capital financeiro sem pátria e das grandes potências do directório federalista do Euro. Numa verdadeira traição nacional. A que um dia se fará justiça.








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domingo, 23 de maio de 2010

A onda de protesto aumenta.

Os governos dos ditos partidos socialistas, testas de ferro do liberalismo europeu ao serviço dos desígnios predadores do capitalismo, estão a sofrer uma tenaz resistência na Grécia.
As classes trabalhadoras não aceitam as negociações,«de joelhos», com os poderosos senhores que manipulam as finanças na UE
A onda de protesto estende-se a Portugal e Espanha e grandes movimentações de massas de avizinham a fim de impor mais respeito e mais justiça na distribuição da riqueza e na tributação fiscal.
Desenvolve-se uma enorme mobilização para acções de luta e para uma grandiosa manifestação no próximo dia 29 do corrente mês.
Joseph

Πανελλαδικό συλλαλητήριο ΚΚΕ 15/5/2010