Pouco extensas mas pertinentes.

quinta-feira, 19 de março de 2009

À espera das "boias" do capitalismo?

Roménia

De mão estendida

O presidente da Roménia, Traian Basescu, reconheceu a grave situação financeira do País, anunciando que estão em curso diligências para obter apoio, tal como já o fizeram a Hungria e a Letónia.«A Roménia precisa de um cinto de segurança, isto é de um empréstimo estrangeiro», já que esta crise «ameaça ser mais profunda» do que previsto, declarou o chefe de Estado na segunda-feira, 9, perante o parlamento, explicando que a União Europeia «coloca como condição uma parceria com o Fundo Monetário Internacional».No mesmo dia, o FMI informou em comunicado que uma delegação sua deveria iniciar ontem, quarta-feira, uma visita de duas semanas à Roménia para discutir «uma possível ajuda técnica ou financeira».Também a Comissão Europeia confirmou estar em negociações com Bucareste sobre a concessão de um empréstimo. Segundo o comissário espanhol, Joaquin Almunia, a UE tem um envelope disponível de 25 mil milhões de euros, dos quais dez mil milhões já foram utilizados para a Hungria e a Letónia
De acordo com Basesco, a Roménia não precisa de um crédito para financiar o défice orçamental ou para reembolsar divida pública, de que apenas 1,6 mil milhões de euros irão vencer ao longo do presente ano.Todavia, a dívida privada eleva-se a 24 mil milhões de euros e, dada a crise, «o Estado poderá ser forçado a intervir para a financiar em parte». «Um incumprimento das empresas no reembolso das suas dívidas resultaria na supressão de empregos e numa queda da produção», afirmou Basesco, que intimou os sindicatos a «não pedirem mais do que o governo pode dar» e apelou aos políticos que expliquem às pessoas «a necessidade da austeridade».Entretanto, a perspectiva do regresso do FMI é vista com preocupação até pelo Partido Social-Democrata romeno que participa na coligação governativa de centro-direita. O seu líder, Mircea Geoana, recordou que ainda sente «calafrios» quando recorda a experiência anterior do FMI no País em 1990.
«As condições são muito severas, com enormes custos sociais e restrições significativas», declarou manifestando-se contrário ao empréstimo daquela instituição.

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